25 de maio de 2011 • 18h45
O governo de Mato Grosso vai encaminhar ao Banco Central a relação das propriedades onde ocorreram desmatamentos ilegais "para coibir os financiamentos nessas áreas", disse na quarta-feira o governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB). O governador acompanhou a visita que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, fez ao Estado para vistoriar ações de combate ao desmatamento. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também esteve presente.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre março e abril deste ano foram desmatados 480 quilômetros quadrados em Mato Grosso, 80 por cento de todo o desmate registrado no período na Amazônia Legal.
Nos mesmos dois meses do ano passado, haviam sido desmatados 76 quilômetros quadrados em Mato Grosso.
Uma fonte do governo que falou sob a condição de anonimato disse que o crescimento do desmatamento no Estado mesmo em período de chuva —o que seria atípico— deve-se à expectativa de anistia pelo novo Código Florestal, aprovado na Câmara na terça-feira, e também às regras de zoneamento no Estado.
Em entrevista coletiva, o governador disse que o zoneamento rural de Mato Grosso "é mais restritivo do que o código florestal aprovado."
As autoridades do governo federal que investigam o aumento do desmatamento notaram alguns comportamentos raros no Estado.
Em primeiro lugar, a concentração da atividade em um ou dois meses, em plena época de chuva, e, além disso, o uso do "correntão."
Essa prática, combatida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), consiste no uso de pesadas correntes —semelhantes às usadas para atracar navios— para derrubar a mata com o auxílio de tratores.
EXÉRCITO E POLÍCIA
Pelo menos até julho, cerca de 500 agentes do Ibama deverão permanecer em Mato Grosso combatendo os desmatamentos ilegais.
Segundo Cardozo, serão ainda deslocados para o Estado 153 homens da Força Nacional de Segurança, 10 delegados da Polícia Federal e 40 homens da Polícia Rodoviária Federal.
O Ibama solicitou ao Exército a instalação de quatro bases de apoio logístico em diferentes regiões de Mato Grosso para facilitar a apreensão de tratores, máquinas e toras.
Uma fonte do governo que pediu anonimato disse que, dessa vez, não serão mais feitos leilões das colheitas ou cabeças de gado encontrados em áreas desmatadas ilegalmente.
A ideia será doar esses bens para o Exército para evitar que, nos leilões, os desmatadores ilegais consigam comprar, por meio de "laranjas", o que foi confiscado.
Na sede do Ibama em Sinop, a ministra Izabella ouviu do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Rui Prado, o compromisso de zerar o desmatamento ilegal no Estado até o fim do ano.
Prado reconheceu que há comportamento ilegal por parte de alguns produtores e que as associações que integram sua federação vão descredenciá-los.
Ele, porém, disse que a demora na liberação de licenças para desmate pode ter contribuído para o avanço do comportamento ilegal.
"Como o órgão ambiental tem represado as licenças, alguns produtores que protocolaram os pedidos não esperaram, foram a campo e desmataram, o que nós não aprovamos", afirmou.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre março e abril deste ano foram desmatados 480 quilômetros quadrados em Mato Grosso, 80 por cento de todo o desmate registrado no período na Amazônia Legal.
Nos mesmos dois meses do ano passado, haviam sido desmatados 76 quilômetros quadrados em Mato Grosso.
Uma fonte do governo que falou sob a condição de anonimato disse que o crescimento do desmatamento no Estado mesmo em período de chuva —o que seria atípico— deve-se à expectativa de anistia pelo novo Código Florestal, aprovado na Câmara na terça-feira, e também às regras de zoneamento no Estado.
Em entrevista coletiva, o governador disse que o zoneamento rural de Mato Grosso "é mais restritivo do que o código florestal aprovado."
As autoridades do governo federal que investigam o aumento do desmatamento notaram alguns comportamentos raros no Estado.
Em primeiro lugar, a concentração da atividade em um ou dois meses, em plena época de chuva, e, além disso, o uso do "correntão."
Essa prática, combatida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), consiste no uso de pesadas correntes —semelhantes às usadas para atracar navios— para derrubar a mata com o auxílio de tratores.
EXÉRCITO E POLÍCIA
Pelo menos até julho, cerca de 500 agentes do Ibama deverão permanecer em Mato Grosso combatendo os desmatamentos ilegais.
Segundo Cardozo, serão ainda deslocados para o Estado 153 homens da Força Nacional de Segurança, 10 delegados da Polícia Federal e 40 homens da Polícia Rodoviária Federal.
O Ibama solicitou ao Exército a instalação de quatro bases de apoio logístico em diferentes regiões de Mato Grosso para facilitar a apreensão de tratores, máquinas e toras.
Uma fonte do governo que pediu anonimato disse que, dessa vez, não serão mais feitos leilões das colheitas ou cabeças de gado encontrados em áreas desmatadas ilegalmente.
A ideia será doar esses bens para o Exército para evitar que, nos leilões, os desmatadores ilegais consigam comprar, por meio de "laranjas", o que foi confiscado.
Na sede do Ibama em Sinop, a ministra Izabella ouviu do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Rui Prado, o compromisso de zerar o desmatamento ilegal no Estado até o fim do ano.
Prado reconheceu que há comportamento ilegal por parte de alguns produtores e que as associações que integram sua federação vão descredenciá-los.
Ele, porém, disse que a demora na liberação de licenças para desmate pode ter contribuído para o avanço do comportamento ilegal.
"Como o órgão ambiental tem represado as licenças, alguns produtores que protocolaram os pedidos não esperaram, foram a campo e desmataram, o que nós não aprovamos", afirmou.
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