quarta-feira, 22 de junho de 2011

Desmatamento em MT cai em maio, mas ainda segue maior que em 2010 (Postado por Erick Oliveira)

Informações sobre o desmatamento na região amazônica publicadas no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que Mato Grosso teve 93,7 km² de florestas devastadas em maio, índice 77% menor que o registrado em abril, quando o estado teve 405,5 km² de devastação, mas, ainda assim, superior em 80% a maio do ano passado, quando perdeu 51,8 km² de mata. Foi o estado que registrou maior destruição na Amazônia Legal no mês passado.
O Ministério do Meio Ambiente anunciou para esta quarta-feira (22) a divulgação completa dos dados do desmatamento em maio, mas a apresentação foi cancelada. Um dos relatórios a respeito, no entanto, ficou disponível na página do instituto espacial, que, consultado pelo Globo Natureza, confirmou os dados.
Ao todo, o Inpe, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, identificou na Amazônia Legal 267,9 km² de desmatamento em diversos estágios - número  44% menor que em abril de 2001 e 144 % maior que em maio de 2010. A área equivale a 166 vezes a extensão do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou mais de quatro vezes o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mato Grosso lidera o desmatamento em maio, seguido de Rondônia (com 67,9 km²), Pará (65,5 km²) e Amazonas (29,7 km²).
A cobertura de nuvens, geralmente intensa na região, atrapalha a análise dos técnicos do Inpe. No mês de maio, ela impediu que 32% do território amazônico fosse avistado. O instituto espacial sempre ressalva que seu sistema de avaliação mensal do desmatamento não é voltado à aferição precisa de áreas, mas mais focado na emissão de alertas para que as autoridades ambientais possam verificar focos de derrubada de mata em terra.
Mato Grosso é motivo de preocupação por causa da alta no desmatamento registrada ali desde março. O governo federal reforçou a fiscalização na região. A secretaria do Meio Ambiente do estado chegou a divulgar nota, no fim de maio, afirmando que a situação no estado retornou a patamares considerados “normais”.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)

Pantanal

Variedade de animais é uma das marcas do Pantanal

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
O Pantanal ocupa uma área de aproximadamente 220.000 quilômetros quadrados, estendendo-se pelos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Pantanal tem uma altitude média de pouco mais de 100 metros, sendo cercado por terras mais altas. Isso faz com que a grande quantidade de rios que o circundam entrem em seu interior, formando-se um ambiente alagado muito rico em nutrientes, que são trazidos pelas águas.
No Pantanal, existem terras sempre secas (as partes mais altas), terras que se alagam apenas nos períodos de chuvas e terras que permanecem continuamente alagadas, promovendo a ocorrência de uma vegetação variada. Assim, nas partes mais secas, a vegetação assemelha-se muito à caatinga e, eventualmente, encontram-se áreas de cerrado.
Nas partes alagadas, são comuns as plantas aquáticas, como os aguapés. Nas partes mais elevadas e nas proximidades dos rios, localizam-se as matas ciliares, importantes para que as margens dos rios não desbarranquem.
O que mais chama a atenção no Pantanal é a sua extraordinária beleza natural e a espetacular variedade de animais ali encontrados, especialmente aves. Nos rios, encontra-se a maior variedade de peixes de água doce do mundo. Muitos animais merecem destaque: o jacaré, cuja pele é utilizada na fabricação de cintos, bolsas e calçados, sendo, por isso, vítima da caça indiscriminada; a onça pintada, a anta, o tamanduá-bandeira, a capivara e outros.
O ecossistema do Pantanal tem sido agredido de muitas formas. Não são apenas aqueles que buscam a pele das espécies animais que o ameaçam; os que exploram seus recursos minerais, a ocupação da sua planície com agricultura, a poluição de rios por substâncias utilizadas no garimpo, também contribuem para sua assolação.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Prefeito arromba cofre e encontra só R$ 13 em vez de R$ 700 mil em MT (Postado por Erick Oliveira)

Sem autorização para fazer transações bancárias em nome do município, o prefeito em exercício de Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá, Wanderley Perin (PR), decidiu arrombar, com o aval das polícias Civil e Militar local, o cofre da Secretaria Municipal de Finanças. Mas, enquanto esperava R$ 735,8 mil, ele afirma ter encontrado apenas R$ 13.
A medida foi tomada porque o antecessor dele, Aldecides Milhomen (DEM), teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral na semana passada por suposta compra de votos. Após a decisão da justiça, Milhomen sumiu da cidade. O advogado do ex-prefeito, Romes da Motta Soares, diz desconhecer o suposto sumiço do dinheiro.
A denúncia foi feita pelo próprio prefeito Wanderley Perin em entrevista, por telefone, ao G1. Segundo ele, mais de R$ 400 mil do montante deveria estar no cofre e seria utilizado para o pagamento do salário dos servidores do município, atrasado desde o último dia 5.
“Averiguamos no sistema que no cofre teria de ter R$ 735,8 mil, mas na hora que abrimos, tivemos uma grande surpresa, quando encontramos somente R$ 13”, relatou o republicano, segundo colocado nas eleições de 2008, sobre a ação realizada nesta sexta-feira (10).
Perin adiantou que afirmou que irá oferecer denúncia formal junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPE). Ainda segundo o prefeito, o delegado da Polícia Civil do município, Alexandre Vicente, que acompanhou a abertura do cofre, vai instaurar inquérito para apurar a suspeita de irregularidade cometida pela gestão anterior.
Na avaliação do prefeito em exercício, Milhomen e sua equipe, já sabendo da provável perda de mandato, teriam efetuado alguns saques da conta da administração municipal e guardado no cofre. “Normalmente os pagamentos eram feitos em cheques, mas como já estavam prevendo a cassação do prefeito, foram feitos saques e guardados no cofre da prefeitura”, reiterou.
Apesar de já ter sido empossado pela Câmara Municipal de Vereadores, Perin ainda não possui poder integral sobre o Executivo, pois o presidente do Legislativo, Juarez Lopes (PP), teria sumido com os documentos referentes à posse, realizada nesta terça-feira (7).
Até agora, conforme o prefeito, nenhum secretário da gestão anterior compareceu à prefeitura, nem mesmo para entregar o cargo. Desse modo, disse que vai dar início às exonerações e nomear os novos integrantes do primeiro escalão.

Como o G1 já divulgou, Milhomen teria fugido com uma caminhonete Hilux SW4 de propriedade da prefeitura e não havia devolvido também um veículo Palio que estava com a ex-primeira-dama. O fato, entretanto, foi negado pela defesa do ex-prefeito.
Outro lado
O advogado de Aldecides Milhomen, Romes da Motta Soares, alegou não ter conhecimento do fato e ainda argumentou que o comando da prefeitura não foi entregue a Perin. “Ele (Perin) entrou na prefeitura a partir de uma posse que nós questionamos e que não foi oficializada”, enfatizou.