segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cobra pica garoto de 12 anos e mãe percorre 70 km para salvá-lo em MT (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma cobra de um metro de comprimento picou a perna de um garoto de 12 anos no domingo (20) na zona rural do município de Sinop, a 500 km de Cuiabá. A mãe e o padrasto mataram o animal e percorreram 70 quilômetros para conseguir salvar o menino.

O garoto estava no sítio do avô a passeio e em uma trilha próxima à ponte sobre o Rio Teles Pires ele sentiu uma grande ardência em uma das pernas. Mas o menino continuou a caminhar pela trilha junto com a família. Sem mais aguentar andar, o garoto reclamou para a mãe que sentia muitas dores.

No mesmo instante, ela percebeu que o ferimento havia sido provocado por uma picada de cobra. Ela e o marido refizeram a trilha e mataram o animal, que seria da espécie jararaca. Desesperados, eles foram atrás de socorro.

O bombeiro que atendeu a ocorrência, o sargento Pedro Ribas Alves, disse ao G1 que a família viveu um drama por conta da distância do sítio até Sinop, a cidade mais próxima. “O sítio da família fica na Gleba Mercedes a 70 quilômetros de distância. Para não perdemos tempo, orientei a família a trazer o garoto de carro com muito cuidado que a gente iria encontrar a família no meio da estrada”, enfatizou o bombeiro. A estrada é parcialmente asfaltada. São 50 quilômetros de asfalto e outros 20 de terra.

Os bombeiros encontraram a família no trevo que dá acesso à cidade de Cláudia. No local, o sargento relatou que resgatou o menino já apresentando efeitos do veneno da cobra, como palidez e muita sede. Após um hora de viagem até Sinop, o garoto foi encaminhado, muito debilitado, ao Pronto Atendimento da cidade.

Na unidade hospitalar, a vítima recebeu o soro antiofídico com fatores específicos para o veneno da jararaca. O G1 entrou em contato com o Pronto Atendimento que, via assessoria de imprensa, informou que o garoto apresenta melhoras significativas do quadro clínico e que o estado de saúde dele é estável.

Para o sargento Alves, a atitude da família em matar o animal foi perigosa, já que poderia ter atrasado ainda mais o resgate. No entanto, ele ressaltou que saber a espécie do animal ajudou na administração do soro antiofídico. “O importante é não perder tempo procurando o animal, mas providenciar o mais rápido possível socorro ao paciente sem que ele se movimente. Mas saber a espécie da cobra facilita muito o atendimento, porque o soro dado é específico”, disse.

Animal silencioso
O Corpo de Bombeiros de Sinop atende todo mês pessoas atacadas por animais peçonhentos na região. Segundo o órgão, as jararacas são responsáveis pela maior quantidade dos ataques. Ainda de acordo com o órgão, o animal é silencioso e só pica quando se sente ameaçado.

A orientação do Corpo de Bombeiros é que as pessoas que vão fazer trilhas ou passar algumas horas na mata estejam com roupas adequadas para o passeio, como calça jeans e sapatos de cano longo. O menino que foi picado neste domingo estava apenas com chinelos e bermuda.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Avianca terá que pagar indenização por constranger cadeirante em MT (Postado por Lucas Pinheiro)

A juiza Tatiane Colombo, da Comarca de Tangará da Serra, condenou a empresa aérea Avianca a pagar indenização de R$10 mil a uma passageira de 50 anos que foi constrangida em uma viagem no município de Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá. Na ocasião, a mulher que necessita de uma cadeira de rodas, não pôde fazer o transporte das baterias da cadeira. De acordo com a justiça, a decisão não cabe recurso.

De acordo com a Defensoria Pública, o caso aconteceu em março de 2010. A mulher tem problemas de saúde e por isso utiliza a cadeira de rodas para se locomover. Ao comprar uma passagem para viajar, a mulher informou a agência de viagens sobre a necessidade de usar a cadeira de rodas.

Em depoimento, a vítima contou que foi assegurada que poderia transportar tanto as baterias quanto a cadeira para viajar. No entanto, quando ela foi fazer o check-in a empresa aérea disse que os objetos não poderiam ser transportados.

Por outro lado, a Avianca contestou a decisão e alegou que os objetos não foram transportados por questões de segurança de voo, por conterem líquidos corrosivos, e, ainda, que a informação de que as baterias poderiam ser transportadas partiu da agência de viagens e não da empresa aérea. Ao G1, a assessoria de imprensa da Avianca disse que o fato está sendo apurado e só deve se pronunciar sobre o caso quando for notificada pela justiça.

"Constrangimento"
Mesmo depois de fazer a viagem, a mulher contou que teve que permanecer vários dias deitada em uma cama, dependendo da ajuda de pessoas desconhecidas para se locomover, já que não tinha as baterias da cadeira de rodas.

Depois do constrangimento, a passageira procurou a Defensoria Pública de Tangará da Serra e pediu ação de indenização por danos morais contra a Avianca, proposta pela defensora Sílvia Maria Ferreira. A Justiça acatou ao pedido e condenou a empresa a pagar indenização à passageira.

“Diante do exposto, (...) condeno a empresa aérea a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil, e ainda a indenização por danos materiais no valor de R$ 380”, afirma trecho da decisão.

A lei de acessibilidade e as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) garantem aos portadores de necessidades especiais a facilitação no transporte, assegurando aos passageiros todas a assistência. “É indiscutível a necessidade do usa da cadeira de rodas por parte da senhora. Assim como é notório o constrangimento ao que fora submetida”, ressalta a defensora Sílvia.

sexta-feira, 4 de maio de 2012