Governo de MT decreta
situação de emergência em 4 hospitais
Medida pretende resolver pendências com Instituto
Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas). A OSS denunciou dívidas em nome da
organização após rompimento de contrato.
O governo de Mato Grosso decretou
situação de emergência no hospital metropolitano de Várzea Grande, na região
metropolitana de Cuiabá, e nos hospitais regionais de Sorriso, Alta Floresta e
Colíder. O documento, assinado pelo governo Pedro Taques (PSDB), foi publicado
no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou nesta quinta-feira (29).
De acordo a Secretaria
Estadual de Saúde de Mato Grosso (SES), os hospitais eram administrados por
Organizações Sociais de Saúde (OSS) e tiveram os contratos rescindidos desde
2014. A situação de emergência, segundo a SES, foi necessária para a transição
da ocupação temporária (como é chamada a administração do governo sobre o
hospital) para gestão direta dos hospitais (feita por instituições ou
empresas).
A medida pretende
resolver as pendências entre as OSS e o governo. Dessa forma, o estado poderá
passar a administração dos hospitais para outra OSS ou instituição. O Instituto
Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) denunciou dívidas em nome da organização após rompimento de
contrato.
Taques estabeleceu que
a situação de emergência será pelo prazo de até 180 dias nos hospitais
regionais de Sorriso, Alta Floresta e Colíder, bem como do hospital
metropolitano de Várzea Grande. O decreto não causa prejuízos aos usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre as medidas que
poderão ser tomadas, o governo deverá manter ou aumentar os contratos já
vigentes de pessoal, de fornecimento de materiais e de tudo o que for
necessário para a adequada prestação dos serviços de saúde.
Também deverão ser
justificadas novas contratações de fornecimento de materiais, contratações
temporárias de pessoal, além de ter prioridade em remanejamentos orçamentários.
Durante o período do decreto, os órgãos responsáveis deverão encerrar todos os
processos administrativos em relacionados aos contratos de gestão firmados com
as organizações sociais.
Conforme a SES, os
contratos ainda não foram encerrados pois existem procedimentos em andamento
para apurar supostos prejuízos das OSS causados aos hospitais.
OSS
Ainda neste mês, o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) fez representações contra o governo de Mato Grosso nos ministérios públicos Estadual, Federal e do Trabalho, alegando que o estado tem usado o CNPJ da instituição para a compra de insumos para os hospitais regionais de Alta Floresta, Colíder, e para o Hospital Metropolitano de Várzea Grande.
Ainda neste mês, o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) fez representações contra o governo de Mato Grosso nos ministérios públicos Estadual, Federal e do Trabalho, alegando que o estado tem usado o CNPJ da instituição para a compra de insumos para os hospitais regionais de Alta Floresta, Colíder, e para o Hospital Metropolitano de Várzea Grande.
A instituição alegou
que teve os contratos rescindidos e não mais atua no estado desde 2014, porém,
ainda responderia a diversos processos judiciais trabalhistas por contratações
e demissões de funcionários realizadas nos três hospitais nos últimos anos.
Saúde
Os hospitais citados no decreto tiveram registros de greves e paralisações ao longo do ano. No Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, os profissionais deixaram de fazer exames e cirurgias por atraso em repasses do governo do estado, além dos enfermeiros também cruzarem os braços por falta de pagamento de salário.
Os hospitais citados no decreto tiveram registros de greves e paralisações ao longo do ano. No Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, os profissionais deixaram de fazer exames e cirurgias por atraso em repasses do governo do estado, além dos enfermeiros também cruzarem os braços por falta de pagamento de salário.
A mesma situação
foi denunciada por profissionais do Hospital Regional de Sorriso, onde um
médico chegou a chorar durante uma entrevista ao falar sobre a precariedade da
unidade. A greve de
médicos do Hospital de Colíder, que alegaram falta de repasse, fez com
que índios bloqueassem a MT-320. Os indígenas argumentaram, na época, que não conseguiam
atendimento e denunciaram a morte de dois índios que foram atendidos no
hospital.
Postado por:
Giovana M. de Araújo
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