Proposta que extingue
parque no Mato Grosso
Autor do projeto, deputado Adriano Silva (PSD) pediu a paralisação da
tramitação decreto. Foto: Ascom/Divulgação.
O projeto de decreto legislativo que extingue o Parque Estadual Serra
Ricardo Franco, localizado na Vila Bela da Santíssima Trindade, estado
de Mato Grosso, teve a tramitação na Assembleia Legislativa (ALMT)
suspensa nesta quarta-feira (03) a pedido do autor da proposta, deputado
Adriano Silva (PSD).
O Projeto de Decreto Legislativo nº 02/2017 foi proposto há um mês e
aprovado em votação no primeiro turno no dia 19 de abril. O tempo
recorde de tramitação da proposta, que acabaria com um dos mais
importantes parques estaduais do Mato Grosso, gerou reação dos
ambientalistas e do Ministério Público. Até uma petição direcionada à
Assembleia Legislativa de Mato Grosso foi feita, com um apelo para que
os deputados impeçam a extinção da unidade.
Os deputados recuaram, por ora. Nesta quarta-feira, o deputado estadual
Adriano Silva (PSD) subiu à tribuna para solicitar a suspensão do
Projeto de Decreto Legislativo.
“Esse decreto tem 20 anos e não condiz com a realidade dos moradores
daquele local. Quando foi criado o Parque, não houve a adequação
necessária e legal para desapropriar as pessoas que já estavam lá. Uma
falha da Justiça e do Estado de Mato Grosso. O Estado foi omisso nesse
processo e nada mais justo que se faça agora um estudo, respeitando a
realidade dos que lá vivem”, disse Adriano.
Cachoeira do Jatobá, na parte alta do Parque Estadual Serra de Ricardo
Franco. Foto: Renato Moreira/Wikiparques.
Cachoeira do Jatobá, na parte alta do Parque Estadual Serra de Ricardo
Franco. Foto: Renato Moreira/Wikiparques.
Segundo o deputado, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) vão firmar um Termo de
Ajustamento de Conduta com as medidas a serem adotadas visando a
efetivação da regularização do Parque.
Em 2015, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) começou a
organizar as informações para saber quais propriedades existiam antes da
criação do parque, e, portanto, eram de donos legítimos, e quais
apareceram depois. A ideia era expulsar os grileiros e regularizar os
donos, ora indenizando, ora vendendo a propriedade para outros
proprietários rurais que precisassem compensar a reserva legal que
haviam desmatados. Foi justamente a tentativa de implementar o Parque e
retirar dos limites fazendeiros que compraram terras após a criação da
unidade que gerou o movimento, na Assembleia Legislativa, de acabar com a
unidade.
Após a reação dos ambientalistas, os parlamentares preferiram baixar o
tom e criar uma comissão para analisar a proposta.
“Sou membro dessa comissão e vamos pedir celeridade nesse estudo que
será feito pelo Governo do Estado. Nós, enquanto deputados estaduais,
queremos ajudar a construir a solução para este imbróglio. E, por este
motivo, solicito ao Executivo e ao MPE que delimite uma data para início
e finalização deste estudo. Não é viável postergar”, cobrou Adriano, em
discurso no plenário. “Que fique registrado o meu posicionamento: sou a
favor da Unidade de Conservação Serra de Ricardo Franco. Sou daquela
região e sei o quanto a população anseia para que se chegue a um
resultado justo. Esse acordo pactuado entre Estado e MP, por si só, já
demonstra a necessidade de se fazer um levantamento”.
Proposta que extingue
parque no Mato Grosso
Autor do projeto, deputado Adriano Silva (PSD) pediu a paralisação da
tramitação decreto. Foto: Ascom/Divulgação.
O projeto de decreto legislativo que extingue o Parque Estadual Serra
Ricardo Franco, localizado na Vila Bela da Santíssima Trindade, estado
de Mato Grosso, teve a tramitação na Assembleia Legislativa (ALMT)
suspensa nesta quarta-feira (03) a pedido do autor da proposta, deputado
Adriano Silva (PSD).
O Projeto de Decreto Legislativo nº 02/2017 foi proposto há um mês e
aprovado em votação no primeiro turno no dia 19 de abril. O tempo
recorde de tramitação da proposta, que acabaria com um dos mais
importantes parques estaduais do Mato Grosso, gerou reação dos
ambientalistas e do Ministério Público. Até uma petição direcionada à
Assembleia Legislativa de Mato Grosso foi feita, com um apelo para que
os deputados impeçam a extinção da unidade.
Os deputados recuaram, por ora. Nesta quarta-feira, o deputado estadual
Adriano Silva (PSD) subiu à tribuna para solicitar a suspensão do
Projeto de Decreto Legislativo.
“Esse decreto tem 20 anos e não condiz com a realidade dos moradores
daquele local. Quando foi criado o Parque, não houve a adequação
necessária e legal para desapropriar as pessoas que já estavam lá. Uma
falha da Justiça e do Estado de Mato Grosso. O Estado foi omisso nesse
processo e nada mais justo que se faça agora um estudo, respeitando a
realidade dos que lá vivem”, disse Adriano.
Cachoeira do Jatobá, na parte alta do Parque Estadual Serra de Ricardo
Franco. Foto: Renato Moreira/Wikiparques.
Cachoeira do Jatobá, na parte alta do Parque Estadual Serra de Ricardo
Franco. Foto: Renato Moreira/Wikiparques.
Segundo o deputado, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) vão firmar um Termo de
Ajustamento de Conduta com as medidas a serem adotadas visando a
efetivação da regularização do Parque.
Em 2015, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) começou a
organizar as informações para saber quais propriedades existiam antes da
criação do parque, e, portanto, eram de donos legítimos, e quais
apareceram depois. A ideia era expulsar os grileiros e regularizar os
donos, ora indenizando, ora vendendo a propriedade para outros
proprietários rurais que precisassem compensar a reserva legal que
haviam desmatados. Foi justamente a tentativa de implementar o Parque e
retirar dos limites fazendeiros que compraram terras após a criação da
unidade que gerou o movimento, na Assembleia Legislativa, de acabar com a
unidade.
Após a reação dos ambientalistas, os parlamentares preferiram baixar o
tom e criar uma comissão para analisar a proposta.
“Sou membro dessa comissão e vamos pedir celeridade nesse estudo que
será feito pelo Governo do Estado. Nós, enquanto deputados estaduais,
queremos ajudar a construir a solução para este imbróglio. E, por este
motivo, solicito ao Executivo e ao MPE que delimite uma data para início
e finalização deste estudo. Não é viável postergar”, cobrou Adriano, em
discurso no plenário. “Que fique registrado o meu posicionamento: sou a
favor da Unidade de Conservação Serra de Ricardo Franco. Sou daquela
região e sei o quanto a população anseia para que se chegue a um
resultado justo. Esse acordo pactuado entre Estado e MP, por si só, já
demonstra a necessidade de se fazer um levantamento”.
Proposta que extingue parque no Mato Grosso foi suspensa
Por Daniele Bragança
- quarta-feira, 03 maio 2017 21:32
Autor do projeto, deputado Adriano Silva (PSD) pediu a paralisação da tramitação decreto. Foto: Ascom/Divulgação.
O projeto de decreto legislativo que extingue o
Parque Estadual Serra Ricardo Franco,
localizado na Vila Bela da Santíssima Trindade, estado de Mato Grosso,
teve a tramitação na Assembleia Legislativa (ALMT) suspensa nesta
quarta-feira (03) a pedido do autor da proposta, deputado Adriano Silva
(PSD).
O Projeto de Decreto Legislativo nº 02/2017 foi proposto há um mês e
aprovado em votação no primeiro turno no dia 19 de abril.
O tempo recorde de tramitação da proposta, que acabaria com um dos mais
importantes parques estaduais do Mato Grosso, gerou reação dos
ambientalistas e do Ministério Público. Até uma petição direcionada à
Assembleia Legislativa de Mato Grosso foi feita, com um apelo para que
os deputados impeçam a extinção da unidade.
Os deputados recuaram, por ora. Nesta quarta-feira, o deputado
estadual Adriano Silva (PSD) subiu à tribuna para solicitar a suspensão
do Projeto de Decreto Legislativo.
“Esse decreto tem 20 anos e não condiz com a realidade dos moradores
daquele local. Quando foi criado o Parque, não houve a adequação
necessária e legal para desapropriar as pessoas que já estavam lá. Uma
falha da Justiça e do Estado de Mato Grosso. O Estado foi omisso nesse
processo e nada mais justo que se faça agora um estudo, respeitando a
realidade dos que lá vivem”, disse Adriano.
Cachoeira do Jatobá, na parte alta do Parque Estadual Serra de Ricardo Franco. Foto: Renato Moreira/Wikiparques.
Segundo o deputado, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) vão firmar um Termo de
Ajustamento de Conduta com as medidas a serem adotadas visando a
efetivação da regularização do Parque.
Em 2015, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) começou a
organizar as informações para saber quais propriedades existiam antes da
criação do parque, e, portanto, eram de donos legítimos, e quais
apareceram depois. A ideia era expulsar os grileiros e regularizar os
donos, ora indenizando, ora vendendo a propriedade para outros
proprietários rurais que precisassem compensar a reserva legal que
haviam desmatados. Foi justamente a tentativa de implementar o Parque e
retirar dos limites fazendeiros que compraram terras após a criação da
unidade que gerou o movimento, na Assembleia Legislativa, de acabar com a
unidade.
Após a reação dos ambientalistas, os parlamentares preferiram baixar o tom e criar uma comissão para analisar a proposta.
“Sou membro dessa comissão e vamos pedir celeridade nesse estudo que
será feito pelo Governo do Estado. Nós, enquanto deputados estaduais,
queremos ajudar a construir a solução para este imbróglio. E, por este
motivo, solicito ao Executivo e ao MPE que delimite uma data para início
e finalização deste estudo. Não é viável postergar”, cobrou Adriano, em
discurso no plenário. “Que fique registrado o meu posicionamento: sou a
favor da Unidade de Conservação Serra de Ricardo Franco. Sou daquela
região e sei o quanto a população anseia para que se chegue a um
resultado justo. Esse acordo pactuado entre Estado e MP, por si só, já
demonstra a necessidade de se fazer um levantamento”.