MT lidera degradação florestal na Amazônia Legal em julho, diz Imazon
O estado foi responsável por 85% da degradação da floresta no período.
Degradação florestal é a retirada lenta da madeira, por queimada ou corte.
Segundo Imazon, degradação na Amazônia Legal chegou a 240 km² em julho (Foto: Imazon)
A degradação de floresta na Amazônia Legal somou 240 quilômetros
quadrados em julho de 2015, de acordo com o Sistema de Alerta de
Desmatamento (SAD). A maioria (85% ou 204 km²) ocorreu em Mato Grosso, seguido pelo Pará (9%), Roraima (4%), Amazonas (1%) e Rondônia
(1%). A degradação ocorre quando as árvores são retiradas da floresta
aos poucos, em etapas, e costuma ser causada pela atividade madeireira e
queimadas florestais. Os dados foram divulgados pelo Instituto do Homem
e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nesta quinta-feira (27).Em relação a julho de 2014, houve aumento de 147%, pois, nesse período, a degradação florestal somou 97 quilômetros quadrados. A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2014 a julho de 2015 totalizou 2.186 quilômetros quadrados. Em relação ao período anterior (agosto de 2013 a julho de 2014) houve aumento de 207% quando a degradação florestal somou 711 quilômetros quadrados.
O SAD detectou ainda em julho 542 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, aumento de 53% em relação a julho de 2014, quando o desmatamento somou 355 quilômetros quadrados. A maioria dos desmatamentos ocorreu no Amazonas (27%), seguido por Rondônia (22%), Mato Grosso (17%), Pará (17%), Acre (10%) e Roraima (7%), conforme dados do sistema.
O desmatamento é um processo de conversão da floresta para outros usos da terra, como pastagens, áreas de cultivos agrícolas, mineração, ou mesmo, para fins de urbanização. Para isso, é necessário a remoção completa da cobertura florestal original.
Segundo o Imazon, o desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a julho de 2015, correspondendo aos doze meses do calendário atual de desmatamento, totalizou 3.322 quilômetros quadrados. O aumento do desmatamento acumulado foi de 63% em relação ao período anterior (agosto de 2013 a julho de 2014), quando somou 2.044 quilômetros quadrados.