sexta-feira, 29 de abril de 2011

MT é o estado brasileiro com mais registros de terremotos (Postado por Erick Oliveira)

Mato Grosso corre o risco de enfrentar um tremor de terra de intensidade suficiente para causar grandes estragos em cidades da região norte do Estado. É o que alerta o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Vieira Barros, especialista no estudo de tremores no Brasil. Na região da cidade de Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, há uma falha geológica onde abalos sísmicos vêm ocorrendo com frequência nos últimos anos. Apenas no ano passado, dos 42 tremores de terra registrados no Brasil, 20 foram em Mato Grosso. Todos naquela região.
Lucas Vieira Barros é doutor em sismologia e a tese de doutorado dele foi justamente sobre a zona sísmica em Porto dos Gaúchos, que registrou o maior terremoto já observado na história do Brasil. No dia 31 de janeiro de 1955, um abalo de magnitude 6,2 foi registrado na região de Porto dos Gaúchos. E, desde 1959, explica Lucas Barros, em uma área 100 quilômetros a nordeste da Serra do Tombador vem sendo observada uma sismicidade recorrente.
"Tanto a Serra do Tombador quanto Porto dos Gaúchos estão localizados na Bacia Fanerozóica dos Parecis. Dois sismos de magnitude 5 ocorreram em Porto dos Gaúchos, em 1998 e 2005, com intensidades 6 e 5, respectivamente", observa Barros. Ele explica que esses dois tremores principais foram seguidos de sequências de abalos menores, que duraram mais de quatro anos cada. Esses tremores foram estudados por meio de equipamentos instalados pelo Observatório Sismológico naquela região.
Novos tremores
O doutor em sismologia afirma que a região no norte de Mato Grosso é propícia à ocorrência de novos tremores devido à falha geológica ali existente. Segundo ele, novos abalos sísmicos podem ocorrer a qualquer momento e assustar moradores das cidades próximas. "Em 2000 teve um sismo; em 2008, teve outro e a terra nunca mais parou de tremer. Discuto a questão dos efeitos de possíveis terremotos de magnitude 6,2 a 6,5 em Porto dos Gaúchos", disse Lucas Barros em entrevista ao G1.
O especialista avisa que não há motivos para a população temer, mas que é necessário estar em alerta. "Não precisamos alarmar as pessoas que moram em Mato Grosso, mas não temos o direito de esconder informação". Um abalo de magnitude 6,2 a 6,5 poderia ser sentido com intensidade em grandes cidades da região norte, como Sorriso e Sinop.
Estação sismológica
Com a comprovação da grande frequência de abalos no norte de Mato Grosso, o Observatório Sismológico da UnB instalou uma estação sismológica em Porto dos Gaúchos. No entanto, o equipamento - que custou cerca de R$ 80 mil quando instalado, em 2005 - está desativado. Lucas Barros não sabe o motivo preciso da interrupção de funcionamento da estação. Uma equipe da UnB deve vir a Mato Grosso em maio para verificar o problema e reativar a estação.
O chefe do Observatório pretende entrar em contato com a Defesa Civil estadual para fazer uma parceria com o governo do Estado na tentativa de contratar uma pessoa para dar manutenção na estação mato-grossense. Ele avalia que a estação pode estar funcionando parcialmente, coletando os dados dos abalos sísmicos, mas com algum problema no link com o satélite, necessário para enviar as informações para o Obsis em Brasília. Lucas Barros explica que a estação sismológica instalada em Mato Grosso tem condições de monitorar os sismos não apenas na região de Porto dos Gaúchos ou no Brasil, mas em todo o mundo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Marechal Rondon

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso, no estado do Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865.
Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, perdeu os pais muito cedo e foi criado em Cuiabá pelo tio, de quem herdou e incorporou o sobrenome "Rondon".
Tornou-se professor primário aos 16 anos mas optou pela carreira militar servindo como soldado no 2o Regimento de Artilharia a Cavalo, e ingressando dois anos depois na Escola Militar da Praia Vermelha.
Em 1886 entrou para a Escola Superior de Guerra onde assumiu um papel ativo no movimento pela proclamação da República.
Fez o curso do Estado Maior de 1ª Classe e foi promovido a alferes (atual "aspirante-aoficial").
Graduou-se como bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais e participou dos movimentos abolicionista e republicano por volta de 1890.
Marechal Rondon
Em 1889, Rondon participou da construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá, assumindo a chefia do distrito telegráfico de Mato Grosso, e foi nomeado professor de Astronomia e Mecânica da Escola Militar, cargo do qual se afastou em 1892.
Entre 1900 e 1906 dirigiu a construção de mais uma linha telegráfica, entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras do Paraguai e da Bolívia.
Começou a construir a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, em 1907, sua obra mais importante.
A comissão do Marechal foi a primeira a alcançar a região amazônica.
Nesta mesma época estava sendo feita a ferrovia Madeira-Mamoré, que junto com a telegráfica de Rondon ajudaram a ocupar a região do atual estado de Rondônia.
Rondon fez levantamentos cartográficos, topográficos, zoológicos, botânicos, etnográficos e lingüísticos da região percorrida nos trabalhos de construção das linhas telegráficas.
Por sua contribuição ao conhecimento científico, recebeu várias homenagens e muitas condecorações de instituições científicas do Brasil e do exterior.
Foi convidado pelo governo brasileiro para ser o primeiro diretor do Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPI), criado em 1910.
Incansável defensor dos povos indígenas do Brasil, ficou famosa a sua frase: "Morrer, se preciso for; matar, nunca.
" Entre 1919 e 1925, foi diretor de Engenharia do Exército e, após sucessivas promoções, chegou a general-de-divisão.
Em 1930, solicitou sua passagem para a reserva do Exército.
Nos anos 40 virou presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), cargo em que permaneceu por vários anos.
Em 1955, o Congresso Nacional conferiu-lhe a patente de marechal.
E no ano seguinte, o então estado de Guaporé, passou a ser chamado de Rondônia em homenagem ao seu desbravador.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, com quase 93 anos.
Fonte: www.defesa.gov.br
Marechal Rondon
 




Cândido Rondon

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Santo Antônio de Leverger (MT), em 1865.
Militar, cursou a Escola Militar do Rio de Janeiro e, em 1889, ingressou na Escola Superior de Guerra. Foi aluno de Benjamin Constant, de quem recebeu a formação positivista que conservou por toda a vida. Ainda em 1889, participou do movimento político-militar no Rio de Janeiro que derrubou a monarquia e instituiu o regime republicano no país.
Em 1891, tornou-se professor da Escola Militar. Nesse mesmo ano, participou pela primeira vez da construção de linhas telegráficas no interior do Brasil, atividade a qual se dedicaria durante grande parte da sua vida. Estabeleceu, então, contatos amistosos com indígenas no estado do Mato Grosso, em regiões próximas à fronteira com o Paraguai e a Bolívia, iniciando, inclusive, a demarcação de suas terras. Em 1906, suas atividades estenderam-se à Amazônia, para onde também foi enviado com a finalidade de construir linhas telegráficas. Nessa ocasião, passou cerca de quatro anos internado na selva, chegando a Manaus somente em 1910. Nesse mesmo ano foi criado o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), do qual se tornou o primeiro diretor.
Durante a década de 10, deu continuidade às suas experiências de contato com os povos indígenas, promovidas através de expedições científicas e de reconhecimento do território que se estende do Mato Grosso à Amazônia. Em 1919, recebeu a patente de general do Exército.
No segundo semestre de 1922, deu combate, em regiões situadas entre os estados do Paraná e Santa Catarina, aos rebeldes militares que meses antes haviam se insurgido contra o governo federal em São Paulo e no Rio Grande do Sul, e que logo em seguida dariam origem à Coluna Prestes. Em 1930, encontrando-se no Rio Grande do Sul, foi preso durante alguns dias pelas forças revolucionárias que levaram Getúlio Vargas ao poder por se declarar fiel ao presidente deposto, Washington Luís.
Entre 1934 e 1938, presidiu a delegação brasileira que mediou as negociações entre Bolívia e Peru, em torno da disputa pelo controle do porto de Letícia. Em 1934, foi nomeado para a presidência do Conselho Nacional de Proteção ao Índio, órgão que substituiu o SPI.
Manifestou apoio à entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, no início da década de 40.
Detentor de enorme prestígio dentro e fora do Brasil, recebeu diversas homenagens significativas: em 1955, o Congresso brasileiro conferiu-lhe honras de marechal ; no ano seguinte, o território brasileiro de Guaporé foi rebatizado com o nome de Rondônia; e, em 1957, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz.
Morreu no Rio de Janeiro, em 1958.
Fonte: www.cpdoc.fgv.br

sábado, 9 de abril de 2011

Juízes de MT desviam R$ 1,8 mi para loja maçônica


O Ministério Público Federal protocolou no STJ uma denúncia contra quatro magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Acusa-os do crime de peculato, que consiste na apropriação de dinheiro ou bem público. Sujeita o infrator a 12 anos de cana, multa e perda do cargo.
Assina a peça o subprocurador-geral da República Francisco Dias Teixeira. Segundo ele, os denunciados desviaram R$ 1,8 milhão do tribunal matogrossense.
A verba foi borrifada nas arcas de uma loja maçônica a que pertenciam os magistrados.
A coisa funcionava assim: o tribunal repassava o dinheiro a 21 magistrados, maçons e não maçons. Lançava o gasto na rubrica “verbas funcionais”.
Depois, o dinheiro era "doado" à loja moçônica. Destinava-se à constituição de uma cooperativa de crédito. Um projeto que malogrou.
Segundo a denúncia, parte dos recursos foi embolsada pelos quatro magistrados denunciados, que serviam de intermediários dos repasses.
Como o processo corre em segredo de Justiça, os nomes dos desembargadores não foram divulgados.
O procurador Francisco Teixeira requereu a revogação do sigilo do processo. Argumentou que, vencida a fase de investigação, o segredo já não faz nexo.
Por quê? Os episódios envovem funcionários públicos e os fatos já estão devidamente apurados. Deve prevalecer o principio constitucuional da publicidade.
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Escrito por Josias de Souza �s 17h44